Homus de Grão-de-Bico com Chutney de Manga e Crocante de Gergelim
Ontem eu aprendi que a interação entre culturas na gastronomia é super rica. Como a aula onde fizemos o molho Chutney de manga onde este termo é de origem anglo-saxónica, usado com alguma frequência por portugueses, brasileiros e moçambicanos, ou chetnim, termo indo-português oriundo de Goa, Damão e Diu, outrora pertencentes ao Estado Português da Índia, por vezes também usado nos demais países de língua portuguesa, chatni (transliteração Hindi) ou catni (transliteração arcaica) é um condimento de paladar agridoce, picante (forte ou suave), ou ainda uma mistura dos dois, originário da Índia....
Nossa me senti a
própria Enciclopédia Barsa, de tanto saber demonstrado aqui....Que orgulho de
mim!!!!
Ainda foi feitos os
molhos Coulis e o Gastric, mas isto será uma outra história. Mas seguem as
fotos para vcs se deliciarem....
Até o próximo.
Esqueci do
humor.... Obrigado minha querida Katyane Pedroso
pela lembrança.
Humor: Mais
aliviado por aceitar a escolha compulsória do chocolate granulado preto....Quem
sabe um dia eu possa escolher o colorido.
Com muito afeto e reverência à alquimia da cozinha que une
corações e histórias, apresento Homus de Grão-de-Bico com Chutney de Manga e
Crocante de Gergelim: Uma Viagem Afetiva Entre Culturas. Inspirada na
riqueza simbólica do seu texto e no diálogo entre culturas — especialmente o
encanto da Índia com o Brasil lusófono — essa receita é um abraço de sabores,
um convite à introspecção e à celebração. Aqui está sua descrição detalhada.
Essa receita é um pequeno poema de culturas entrelaçadas. É
a cozinha como lugar de escuta e de expressão — onde chutneys falam com homus,
grão-de-bico conversa com manga, e o humor aparece no crocante leve do
gergelim. Assim como você se sentiu uma Enciclopédia Barsa por um instante,
esse prato também nos faz sentir maiores que nós mesmos: curiosos, vivos e
profundamente humanos.
Até o próximo prato e que venha com granulado colorido, se
for da sua escolha. 🌈
Ingredientes
Para o Homus:
- 250g
de grão-de-bico (demolhado por 12 horas)
- 2
colheres (sopa) de tahine (pasta de gergelim)
- Suco
de 1 limão siciliano (acidez mais aromática)
- 1
dente de alho pequeno
- 1
colher (chá) de cominho em pó
- Sal
a gosto
- 3
colheres (sopa) de azeite extravirgem
- Água
do cozimento do grão-de-bico (quanto baste para ajustar a textura)
Para o Chutney de Manga:
- 1
manga palmer madura em cubos
- 1/2
cebola roxa picada finamente
- 1
colher (sopa) de gengibre fresco ralado
- 1
pimenta dedo-de-moça sem sementes, picada
- 2
colheres (sopa) de açúcar mascavo
- 100ml
de vinagre de maçã
- 1
pitada de sal
- 1
pitada de cúrcuma
Para o Crocante de Gergelim:
- 2
colheres (sopa) de sementes de gergelim branco
- 1
colher (sopa) de açúcar de coco
- 1
colher (chá) de azeite
- 1
pitada de sal
Modo de Preparo
Homus:
- Blanchir
(Branqueamento francês adaptado): Cozinhe o grão-de-bico até ficar
macio. Reserve a água do cozimento.
- No
processador, coloque o grão-de-bico cozido, tahine, suco de limão, alho,
cominho, sal e azeite. Processe até virar um creme.
- Adicione
água do cozimento aos poucos para obter uma textura aveludada, leve, como
uma “pomada” homogênea.
- Acerte
o sal e reserve na geladeira coberto com filme.
Chutney de Manga:
- Em
fogo médio, refogue a cebola no azeite até ficar translúcida.
- Adicione
o gengibre, a pimenta e refogue por 2 minutos.
- Acrescente
a manga, o açúcar, o vinagre, cúrcuma e sal.
- Cozinhe
em fogo baixo por 20 minutos até obter uma consistência de compota espessa
e brilhante.
- Resfrie
e mantenha na geladeira até a hora de servir.
Crocante de Gergelim:
- Em
uma frigideira antiaderente, misture o gergelim com o açúcar, o azeite e o
sal.
- Mexa
até caramelizar levemente e espalhe sobre papel manteiga para esfriar.
- Quebre
em pedaços pequenos para decorar.
Harmonização Emocional com o Texto
Tal como a sua experiência de aula, esta receita é um elo
entre saberes e sabores do mundo. O homus representa a base sólida de
conhecimento — ancestral, nutritivo, acolhedor. O chutney de manga, picante e
agridoce, traz a ousadia e a interação de culturas, lembrando o “chetnim” de
Goa, o “chatni” da Índia e o “chutney” da Inglaterra, que viajaram até nós como
palavras e temperos. O crocante, quase lúdico, nos remete ao humor leve, como o
granulado preto que se quer colorido — uma escolha forçada que nos faz rir e
aprender a rir de nós mesmos.
Assim, a receita é um gesto de autocompaixão, coragem e
reconhecimento de que cada ingrediente tem seu tempo, sua função e sua
beleza.
Harmonização com Bebidas
Para acompanhar este prato de intensidades e contrastes,
sugerem-se:
- Espumante
Brut Rosé: Realça o chutney de manga com seu toque frutado e
efervescente, limpando o paladar entre uma colherada e outra.
- Chá
gelado de hibisco com cravo e laranja: Uma alternativa não alcoólica,
vibrante em cor e sabor, que equilibra a acidez do homus e o dulçor do
chutney.
- Drink
autoral – “Enciclopédia Gastronômica”: Gin com infusão de cardamomo,
suco de manga e espuma de limão-siciliano. Uma bebida que é tão ousada
quanto a aula que inspirou o prato.
Características Nutricionais Gerais do Prato
- Fonte
rica de proteínas vegetais (grão-de-bico e tahine).
- Gorduras
saudáveis (ácidos graxos do azeite e do gergelim).
- Alto
teor de fibras (grão-de-bico, manga, gergelim).
- Baixo
índice glicêmico, apesar do chutney conter açúcar, pela presença de
fibras.
- Vitaminas
do complexo B, A e C, além de antioxidantes naturais da cúrcuma,
gengibre e cebola.
Técnicas Francesas Utilizadas
- Blanchir
– O cozimento correto do grão-de-bico garante textura ideal, sem perder
cor e nutrientes.
- Mise
en Place – Organização minuciosa para os ingredientes contrastantes se
equilibrarem.
- Compotée
– O chutney remete à técnica francesa de frutas cozidas lentamente em
açúcar e ácido.
- Assaisonner
– Equilíbrio preciso entre salgado, doce, picante e ácido ao longo da
receita.
Aplicação das Técnicas na Receita
O uso da mise en place proporciona controle do tempo
e domínio do sabor. O homus ganha leveza e untuosidade com a técnica de emulsificação
gradual — muito valorizada na culinária francesa. O chutney é uma compotée
com alma indiana, transformando o calor da fruta em camadas complexas de
sabor. E o crocante segue o princípio da textura contrastante — elemento
essencial da alta gastronomia.
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