🌽 Milho Verde Refogado com Velouté de Castanha-do-Pará e Perfume de Capim-Santo Um Prato de Libertação e Amor-Próprio
Bom dia! Ele, o Coqueiro e Eu refletimos sobre a
impressionante capacidade que temos de perdoar. Perdoar não significa esquecer
o que nos fizeram, mas sim reconhecer que cada experiência, por mais dolorosa
que seja, é um aprendizado para não permitir que o mesmo aconteça novamente. O
perdão
é um ato libertador que nos permite abandonar as amarras do passado,
liberando-nos da presença daquela dor que insistimos em carregar. Quando
perdoamos, fazemos um pacto com nós mesmos: "Perdão dado.
Acesso negado." Não devemos permitir que as mesmas
feridas sejam reabertas, e, por isso, é essencial estabelecer limites. O perdão
não é apenas para o outro; é, acima de tudo, um ato de autocuidado e sanidade
mental. Cuidar de si mesmo é fundamental, e perdoar é uma das formas de se
proteger e de amor próprio. Ao nos libertarmos da carga emocional alheia,
criamos espaço para a paz interior e para novas experiências. O perdão é um
presente que oferecemos a nós mesmos, e assim, sigamos em frente com leveza e esperança
no coração
Agora, deixo com você uma criação sensÃvel, afetuosa e
tecnicamente elaborada, que nasce do coração da Culinária Contemporânea com
alma brasileira e toques franceses, uma homenagem gustativa à introspecção, ao
perdão e à leveza do recomeço. Este prato não é apenas uma refeição é um
manifesto de amor-próprio. É a expressão de que podemos ser firmes como o
milho, suaves como o velouté e renovadores como o capim-santo. É uma receita
que nutre o corpo e acalma o espÃrito, um gesto de autocuidado, como o ato
sublime de perdoar.
Como diz o texto, “perdão dado. Acesso negado.” E nesta mesa, só tem lugar para o que é leve, afetuoso e essencial. 🌿
Ingredientes (para 4 porções)
- 4
espigas de milho verde, debulhadas cuidadosamente (sÃmbolo do que
permanece após o que se vai)
- 1
cebola roxa, cortada em brunoise (finamente picada)
- 1
dente de alho, esmagado e picado
- 30
ml de azeite de oliva extra virgem
- 200
ml de leite de castanha-do-pará, levemente aquecido
- 1
colher de sopa de farinha de arroz (para o velouté)
- 20
g de manteiga sem sal
- 1
talo de capim-santo (capim-limão), macerado
- Flor
de sal e pimenta-do-reino branca moÃda na hora, a gosto
- Broto
de coentro e flores comestÃveis para finalizar
Modo de Preparo
- Mise
en Place:
Organize todos os ingredientes. Sinta esse momento como um ritual de cuidado e clareza mental — a cozinha, como o perdão, começa com organização interna. - Refogado
(Sauté):
Em uma sautéuse, aqueça o azeite e refogue a cebola até que fique translúcida. Acrescente o alho e, logo depois, o milho debulhado. Refogue por cerca de 5 minutos, mexendo com delicadeza. - Velouté
de Castanha (Técnica do Velouté adaptado):
Em outra panela, derreta a manteiga e adicione a farinha de arroz, mexendo até formar um roux claro. Acrescente, aos poucos, o leite de castanha morno, mexendo sempre até obter um creme sedoso. Finalize com o capim-santo macerado, deixando-o infusionar por 2 minutos e depois retire-o. Ajuste sal e pimenta branca. - Finalização
do Milho:
Incorpore delicadamente parte do velouté ao milho refogado, até que fique cremoso, mas com os grãos ainda evidentes e com textura. O objetivo é criar uma unidade entre o grão e o acolhimento do creme. - Montagem
do Prato:
Sirva o milho cremoso no centro do prato, finalize com fios do restante do velouté por cima, brotos de coentro, pétalas comestÃveis e um fio de azeite cru.
Harmonização Emocional com o Texto
Este prato é um abraço. O milho verde, colhido com paciência
e debulhado com mãos suaves, representa a parte de nós que permanece depois da
dor — doce, firme, essencial.
O velouté de castanha, suave e perfumado, é como o perdão: uma escolha de
maciez frente ao que poderia ser áspero.
O capim-santo perfuma o prato como uma brisa que limpa e renova — o limite que
estabelecemos, a energia que decidimos manter por perto.
Perdoar é esse refogar interno: tiramos o amargor, mantemos o essencial, e
acrescentamos doçura. Esse prato, como o texto, é uma travessia de dor em
direção à paz.
Harmonização de Bebidas
- Vinho
Branco - Viognier:
Floral e levemente frutado, ele harmoniza com a doçura do milho e o aroma do capim-santo, oferecendo uma experiência sensorial que abraça o prato. - Espumante
Brut Rosé:
Refrescante, com notas de frutas vermelhas e acidez equilibrada — perfeito para acompanhar a leveza do velouté e proporcionar frescor emocional. - Drink
sem álcool - Infusão fria de hibisco com limão siciliano e mel de flor de
laranjeira:
Um gole para renovar o coração.
CaracterÃsticas Nutricionais Gerais do Prato
- Fonte
de fibras: O milho ajuda no equilÃbrio intestinal e prolonga a
saciedade.
- Leite
de castanha-do-pará: Rico em gorduras boas, selênio e magnésio,
promove saúde cardiovascular e ação antioxidante.
- Capim-santo:
Conhecido por suas propriedades calmantes e digestivas.
- Prato
leve e funcional, ideal para refeições conscientes e digestivas.
Técnicas Francesas Utilizadas
- Sauté
(refogar): Aplicado no preparo aromático do milho, respeitando suas
texturas e aromas.
- Velouté
(molho base): Aqui, reinventado com farinha de arroz e leite de
castanha, respeitando a leveza e sensibilidade do prato.
- Infusion
(infusão): O capim-santo é infusionado no velouté, trazendo sutileza
de sabor.
- Mise
en Place: Como um gesto de autocuidado antes do inÃcio, estruturando o
preparo.
- Assaisonner
(temperar com sensibilidade): A justa medida entre doce e salgado, sem
excessos — como deve ser o perdão.
Aplicação das Técnicas na Receita
As técnicas francesas emprestam precisão e respeito Ã
execução do prato, mas é a alma da cozinha brasileira que se revela no
ingrediente e na intenção. Cada técnica é aplicada com o objetivo de acolher:
refogar suavemente, perfumar sem agredir, espessar sem pesar — uma dança entre
o rigor técnico e a sensibilidade emocional.
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