Lagosta na Manteiga de Ervas com Purê de Batata-doce Roxa e Redução de Espumante Brut: Um Brinde à Vida

 

Bom dia! Ele, o Coqueiro e Eu refletimos sobre a impressionante capacidade de viver sempre, mesmo nas maiores adversidades e tempestades. A vida é uma dança, e mesmo quando a música parece desafinada, é essencial não morrer antes da morte. Espero que você ainda dance sozinho, permitindo que a alegria brote em seu coração, mesmo que em momentos de solidão. Que ainda aprecie coisas bobas, como o canto dos pássaros ou o cheiro do café fresco e que consiga encontrar beleza nas pequenas coisas do dia a dia. Que você se divirta, sem medo do que os outros possam pensar. Espero que você ainda tenha vontade de se arrumar, de se olhar no espelho e reconhecer a sua própria luz. Que abra a janela, deixando o ar fresco entrar e que sempre mantenha o amor pulsando dentro de você. Que a morte te encontre vivo, com o coração repleto de experiências, risos e momentos significativos. Afinal, viver é um ato de resistência e uma celebração da vida, e cada dia é uma nova oportunidade de amar e se deixar amar. Um viva à Vida!

Com alma de chef e coração apaixonado pela Culinária Contemporânea, trago agora uma receita que pulsa vida e sensibilidade, como um abraço quente em manhãs de tempestade. Inspirado pela beleza lírica do texto que celebra a dança da existência, apresento essa receita. Essa receita não é só para comer — é para sentir. Para aqueles dias em que o coração pede por beleza. É um convite a dançar com as adversidades, a se apaixonar pelo aroma das coisas simples, a se ver no espelho e dizer: eu ainda estou aqui. Que ao final da refeição, reste no prato apenas o silêncio contemplativo de quem acabou de viver algo precioso.

Hoje, viva como quem cozinha com manteiga e serve com alma. Brinde à sua própria presença. Viva a vida. 🥂


Ingredientes

Para a lagosta:

  • 2 caudas de lagosta frescas (ou inteiras, se possível)
  • 100g de manteiga sem sal de alta qualidade
  • 1 ramo de tomilho fresco
  • 1 ramo de alecrim fresco
  • 1 folha de louro
  • 2 dentes de alho (levemente esmagados)
  • Raspa de ½ limão siciliano
  • Sal marinho e pimenta-do-reino moída na hora

Para o purê de batata-doce roxa:

  • 400g de batata-doce roxa
  • 30g de manteiga
  • 80ml de creme de leite fresco
  • Noz-moscada ralada na hora
  • Sal a gosto

Para a redução de espumante:

  • 250ml de espumante brut (preferencialmente um brasileiro)
  • 1 colher de sopa de açúcar demerara
  • 1 pitada de sal
  • 1 colher de chá de vinagre de maçã ou balsâmico branco

Modo de Preparo

1. Mise en Place e organização emocional: Como na vida, comece com ordem. Separe os ingredientes, respire fundo e permita-se estar presente. Este momento é seu.

2. Cozimento da batata-doce (Blanchir): Descasque e corte as batatas. Cozinhe em água levemente salgada até ficarem macias. A seguir, passe por peneira ou mixer para um purê sedoso. Incorpore a manteiga, creme, noz-moscada e ajuste o sal. Mantenha aquecido.

3. Lagosta (Poêler e Arroser): Aqueça uma frigideira larga. Derreta a manteiga em fogo baixo com o alho, ervas e raspa de limão. Coloque as caudas de lagosta com a carne voltada para baixo. Regue constantemente com a manteiga (arroser), até que fiquem douradas e perfumadas. Cozinhe por 6-8 minutos, virando uma vez. Reserve sobre papel absorvente.

4. Redução de Espumante (Gastrique refinada): Em uma panela pequena, reduza o espumante com açúcar e vinagre até obter uma textura de xarope. Ajuste com uma pitada de sal para equilibrar os sabores. Coe se necessário.

5. Montagem do prato: No centro do prato, coloque uma porção do purê em forma de quenelle. Disponha a lagosta com elegância ao lado e regue com a redução brilhante. Decore com microverdes ou brotos.


Harmonização Emocional com o Texto

A lagosta é o símbolo do luxo da vida bem vivida, mas aqui, ela é tratada com reverência, suavidade e contemplação. A manteiga derretida com ervas aromáticas é como o sopro suave que acalma depois da tempestade. O purê roxo evoca o misticismo da introspecção, e sua doçura lembra que mesmo na solidão há beleza. A redução de espumante é a alegria inesperada, o riso espontâneo, o brinde ao amor próprio.

Este prato dança. E cada garfada é um lembrete: você está vivo. Ainda há tempo de se encantar, ainda há espaço para sentir. E que a morte nos encontre vivos, com sabor nos lábios e esperança no peito.


Harmonização com Bebidas

Espumante Brut Rosé ou um Champagne Blanc de Blancs – A acidez limpa o paladar da manteiga, e suas borbulhas celebram a vida como num brinde eterno.

Drink sugerido:
“Sol da Manhã” – Gin leve infusionado com chá de hibisco, um toque de limão siciliano e espuma de clara de ovo batida com gotas de bitter de laranja.


Características Nutricionais Gerais do Prato

  • Fonte nobre de proteína magra: a lagosta oferece alto teor de proteínas com baixo teor de gordura.
  • Rico em ômega-3 e selênio, auxiliando na saúde cardiovascular.
  • Antioxidantes naturais da batata-doce roxa combatem o estresse oxidativo.
  • Ervas frescas e limão trazem propriedades digestivas e refrescantes.
  • Baixa carga glicêmica e moderada em calorias, especialmente se servido em porções balanceadas.

Técnicas Francesas Utilizadas

  1. Poêler (Grelhar com umidade): Grelha-se delicadamente a lagosta em manteiga aromática, mantendo suculência e textura.
  2. Arroser (Regar): A manteiga quente é vertida sobre a carne continuamente para caramelizar e enriquecer.
  3. Gastrique (Redução ácida e doce): A redução de espumante une acidez e doçura para complexidade de sabor.
  4. Mise en Place: Organização dos ingredientes e do tempo, permitindo fluidez no preparo.
  5. Blanchir: Aplicado no preparo da batata-doce para manter sua cor vibrante e nutrientes.

Aplicação das Técnicas na Receita

O toque francês não ofusca a essência. Ele a valoriza. O poêler cria uma lagosta tenra e aromática. A arroser envolve em afeto. A gastrique traduz emoção em sabor – é lágrima e riso juntos. E o mise en place, mais do que técnica, é uma filosofia: planejar a vida, sim, mas deixar espaço para improvisos saborosos.




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